Mudanças

Temos estado bastante ausentes, porque andamos em mudanças. Literalmente, andamos há mais de um mês a mudar de casa. Mas quem se lembra de trocar de casa em Dezembro? Tivemos que desmontar a árvore de Natal, arrumar o presépio e encaixotar toda a tralha que por muitos esforços de 'destralhamento' acabámos por acumular nos últimos 8 anos. É neste momentos que comprovo que tenho o meu tempo todo contadinho ao minuto e que, qualquer mudança (na rotina) desequilibra esta gestão minuciosa que faço do meu tempo. Como a família e a profissão são prioridades mais importantes, o blogue acaba por ficar para trás. Mas acho que estou em condições de retornar à escrita...

Dizia eu que estamos há mais de um mês em mudanças, porque deixámos o nosso apartamento antigo antes do novo estar habitável. Por isto, temos estamos acampados em casa da Avó paterna. O JM adora dormir no quarto que era do pai e personalizou-o com um poster (não uma estátua) do Cristiano Ronaldo. O MM delicia-se a subir e a descer escadas, arriscando-se a visitar o pai ao hospital. A Avó não diz, mas está connosco pelos cabelos.

Mas é incrível analisar o que eles têm evoluídos nestes últimos 2 meses. O JM já aperta os cordões sozinho (atacadores para os sulistas). O MM deixou a chupeta. A história não é tão comovente como a despedida do JM às suas chupetas. Apesar de ambos terem largado as respectivas chuchas aos 11 meses, o mainobo não tem a fluidez de linguagem que o maisvelho tinha com a mesma idade, pelo que seria difícil montar toda a explicação sobre o Pai Natal ter levado as chupetas para os meninos do hospital. Na verdade, o MM faz frases completas (muito bem) mas de palavras incompreensíveis. Para além do mais, tem um feitiozinho... determinado, digamos. O desmame da chupeta processou-se do seguinte modo. Como todas as famílias deste País, temos sofrido com as viroses que, este ano, parecem não dar tréguas. A pior foi uma gengivostomatite que massacrou o MM durante 10 dias seguidos. Não levava nada à boca. Água e soro de hidratação oral só à seringa. Nem a chupeta o rapaz queria. Oportunistas, os pais aproveitaram para fazer desaparecer as chupetas ('tutas' em manuelês). Dias após o massacre bucal ter finalizado, o pequeno pediu a 'tuta'. Pânico! Apesar de não termos cedido ao pedido, o MM (mais o seu feitiozinho) conseguiu convencer outrem a fazê-lo dias depois. Felizmente, o MM (mais o seu feitiozinho) só se queria vingar da dor infligida pela chupeta durante a gengivostomatite e atirou a 'tuta' bem para longe. Missão cumprida.

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