Os rufias da escola

Os primeiros dias numa escola nova não são um mar de rosas. Há todo um sem número de descobertas divertidas, mas de vez em quando vêm umas ondas que nos obrigam a engolir uns pirolitos. O pequeno tem que enfrentar as vagas sozinho, porque os pais, longe dos portões da escola, seguem as suas vidas rotineiras de trabalho. Esta visão de um JM isolado perante os desafios novos de uma escola onde quase todos os meninos e meninas são mais velhos surgiu-me como um soco no estômago, quando, num destes primeiros dias de escola, chegou cabisbaixo: «os meninos não querem deixar jogar à bola», «dizem que sou bebé», «riram de mim»... Qual o pai que não sente o coração encarquilhar ao som destas frases?

Na altura, replicámos (eu e a Mãe) com frases de ânimo: «força», «toda a gente gosta de ti, porque és lindo e inteligente» (duas verdades sobejamente conhecidas por quem lê este blogue), «tu vais crescer também e ser alto como eles», «jogar à bola, treina-se». Sem vergonha, ainda me aproveitei (eu) da situação para reforçar algumas causas domésticas: «tens que comer a sopa toda, para ficares forte e crescer mais que os meninos grandes», «bebe o leite, que é a energia para marcares golos», «come a carninha para te crescer o músculo», e por aí fora...

[fonte: jumbo.pt]

Mas, há dias, tropecei neste livro. Nem de propósito... Trouxe-o cá para casa e o JM adorou. Já tinha lido sobre o Rato Renato no Maravilhas da Maternidade. Para além das ilustrações serem muito giras e a escrita ser de fácil compreensão, as crianças entre os 3 e os 5 anos identificam-se com as histórias: O Rato Renato não quer comer, ...vai ter um irmão, ...não quer lavar os dentes, ...não quer que a mamã vá trabalhar, etc.  Acho que acabaremos por completar esta colecção.

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