Tum-tum

Estou a preparar a aula de amanhã: cardiotocografia para alunos do 2º ano de Medicina. Este é um exame que provoca grande ansiedade aos pais (pelo menos, àqueles que sabem o que estão a ver). À volta da barrigona da Mãe, o tocodinamómetro detecta as contracções do útero e regista-as na linha de baixo. Ao mesmo tempo, uma sonda semelhante à do ecógrafo detecta os batimentos cardíacos do feto, registando acelerações e/ou desacelerações. O útero da mãe contrai e o coraçãozinho do bebé reage. É a mãe a tentar expulsá-lo. Uma expulsão para dentro de uma casa, de onde ela não quer que ele saia mais.

Segundo o American College of Obstetricians and Gynecologists (ACOG, 2009), o coração do feto deverá trabalhar a 110-160 batimentos por minuto. Mais, num traçado de 20 minutos, terão que haver pelo menos 2 acelerações da frequência cardíaca fetal, com amplitude igual ou superior a 15 batimentos por minuto e com duração igual ou superior a 15 segundos. O MM cumpriu.

Para o JM, bastou uma explicação bem mais simples. Esta linha é o coração do mano, a de baixo é a barriga da Mãe a apertar. «O tum-tum do M?» Na fotografia, o JM dormita agarrado à representação gráfica do coração do mano. A febre passou.

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