Lá vooei eu de Braga ao Porto, para mais uma cardiotocografia (CTG). Afinal era uma simples lombalgia. Dolorosa, mas simples para quem não tem de carregar com ela. Os ralhetes à Mãe sempre valeram de alguma coisa, porque o repouso aparentemente surtiu efeito. Auxiliado ou não pelo suplemento de magnésio, a coisa acalmou e tudo indica que cumpriremos a data programada para o parto. Esta semana foi vivida com o coração nas mãos. Quem me mandou casar com uma mulher hiperactiva?
O JM anda-se a portar lindamente. A parte que ele não controlava (a amigdalite) resolveu sem necessidade de antibiótico, tal como expliquei aqui. Adormece na caminha dele, mesmo quando o pai chega tarde. E mais do que isso. Quando acorda durante a noite, já não vem para a nossa cama. Chama-nos, diz o que quer dizer, faz o que tem a fazer, e volta a dormir tranquilamente. Julgo que influenciou o facto de termos colocado o berço no quarto dele. «É pro M dormir?» «Sim. E tu vais ajudá-lo a dormir sozinho. Está bem?» Parece que está. Um homenzinho.
Pior, só o Charlie, o nosso cão. Tem feito asneiras que nem sei. Ontem comeu um bolo que repousava em cima da mesa da cozinha. Tem tido pesadelos quase todas as noite, o que se manifesta em latidos e raspar de unhas contra os rodapés da mesma cozinha. Passa no berço e suspira. Cheira a cadeirinha e suspira. Lembro-me deste exacto comportamento aquando do nascimento do JM. Não sei se é a mudança das rotinas cá de casa, se o nervosismo que nos tem acompanhado, se alguma vibração cósmica do interior daquela barriga prestes a explodir. Alguma coisa, o animal sente. Se fôr como da outra vez, assim que nascer o bebé, ele acalma. Bem! As asneiras manter-se-ão, mas de uma forma geral andará mais sereno.
[Charlie, o nosso cão]
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