Ontem, telefonema às 18h30

Lá vooei eu de Braga ao Porto, para mais uma cardiotocografia (CTG). Afinal era uma simples lombalgia. Dolorosa, mas simples para quem não tem de carregar com ela. Os ralhetes à Mãe sempre valeram de alguma coisa, porque o repouso aparentemente surtiu efeito. Auxiliado ou não pelo suplemento de magnésio, a coisa acalmou e tudo indica que cumpriremos a data programada para o parto. Esta semana foi vivida com o coração nas mãos. Quem me mandou casar com uma mulher hiperactiva?

O JM anda-se a portar lindamente. A parte que ele não controlava (a amigdalite) resolveu sem necessidade de antibiótico, tal como expliquei aqui. Adormece na caminha dele, mesmo quando o pai chega tarde. E mais do que isso. Quando acorda durante a noite, já não vem para a nossa cama. Chama-nos, diz o que quer dizer, faz o que tem a fazer, e volta a dormir tranquilamente. Julgo que influenciou o facto de termos colocado o berço no quarto dele. «É pro M dormir?» «Sim. E tu vais ajudá-lo a dormir sozinho. Está bem?» Parece que está. Um homenzinho.

Pior, só o Charlie, o nosso cão. Tem feito asneiras que nem sei. Ontem comeu um bolo que repousava em cima da mesa da cozinha. Tem tido pesadelos quase todas as noite, o que se manifesta em latidos e raspar de unhas contra os rodapés da mesma cozinha. Passa no berço e suspira. Cheira a cadeirinha e suspira. Lembro-me deste exacto comportamento aquando do nascimento do JM. Não sei se é a mudança das rotinas cá de casa, se o nervosismo que nos tem acompanhado, se alguma vibração cósmica do interior daquela barriga prestes a explodir. Alguma coisa, o animal sente. Se fôr como da outra vez, assim que nascer o bebé, ele acalma. Bem! As asneiras manter-se-ão, mas de uma forma geral andará mais sereno.

[Charlie, o nosso cão]

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